Sobre a Inacre

    A INSTITUIÇÃO DE APOIO A CRIANÇA ESPECIAL É uma sociedade civil, com personalidade jurídica de direito privado e de interesse público, que adotaria como expressão fantasia a sigla INACRE, com fins não econõmicos.

    A criação da INACRE se deu quando eu Ana Cristina, desde 2005, estava querendo engravidar e não conseguia, no ano de 2007, Deus me concebeu essa benção, estava gravida, nesse mesmo ano foi criada a INACRE Instituição de Apoio a Criança Especial, onde seu funcionamento inicial se deu em uma sala comercial alugada na Rua dos Rubis, 144 Sala 414 em Rocha Miranda, (vale salientar que a INACRE foi criada antes no nascimento da minha filha) realizei pré-natal e todas as ultrassonografias e estava tudo bem comigo e com o bebê porém jé no final da gravidez minha pressão arterial oscilava muito e algumas vezes necessitei permanecer internada para ter o controle, na madrugada do dia 08 de fevereiro de 2008, me encontrava em casa quando me senti muito mal, chamamos um vizinho que me conduziu até a maternidade, a partir daquele dia minha vida e da minha família mudou totalmente, havia sofrido uma eclampsia e Bruna Vitória sofreu uma asfixia grave, e eu tive uma parada cardio respiratória, meu rins pararam de funcionar, sinceramente pensei que não iria ver minha filha, eu permaneci por 15 dia internada e Bruna por 69 dias, onde aos 2 meses de vida (ainda internada) em virtude de ter permanecido com a sequela de não conseguir sugar/engolir, havia a necessidade de realizar uma cirurgia de gastrostomia, nós nunca tínhamos ouvido falar a respeito, procuramos nos informar e se trata de um acesso na barriga ligado ao estomago que permite a alimentação via sonda, para nãs era tudo novo, pois ela é a nossa primeira filha, foi realizada a cirurgia com sucesso e após 10 dias Bruna Vitória estava de alta, porém com vários orientações médicas de medicamentos e tratamentos como, fonoaudiólogo, fisioterapia motora, fisioterapia respiratória, etc... Procuramos alguns emergêos públicos para realização dos tratamentos, entretanto tivemos muitas dificuldades, e após inúmeras tentativas de tratamentos nos órgãos públicos, resolvemos nos apertar um pouco financeiramente e realizar tratamentos particulares, onde melhorou muito a qualidade de vida da minha filha, porém em virtude da Bruna Vitória não engolir, ao tossir ela bronco aspirava e aproximadamente de dois em dois meses, havia a necessidade de internação com o quadro de pneumonia. Bruna Vitória sofria muito nas internações e nãs sofríamos juntos , pois para realizar o acesso venoso era muito difícil, e quando consegui acesso, facilmente perdia e havia a necessidade de tentar várias vezes, porém após várias internações onde praticamente todas houve a necessidade da colocação de um cateter, como Bruna Vitória estava quase sempre internada os médicos nos chamaram e nos informaram da necessidade de realizar uma outra cirurgia, a colocação de um cateter implantado não sabíamos do que se tratava, e nos foi explicado que o cateter implantado foi desenvolvido para permitir um acesso vascular a pacientes que requerem um longo tempo de terapia endovenosa. São dispositivos totalmente implantados, em geral no subcutáneo da região torácica para acesso à veia Jugular, e, em virtude das várias internações da Bruna Vitória e todas as vezes vendo seu sofrimento, no dia 29 de junho de 2010, foi realizada a cirurgia de implantação do cateter, no dia seguinte Bruna Vitória ficou bem, porém já na madrugada do dia 01/07/2010, Bruna Vitória estava muito agitada e meu esposo estava com ela no hospital , chamou imediatamente os médicos que prontamente foram verificar o que estava ocorrendo, solicitaram a saída do meu esposo do quarto para realizar procedimentos, onde permaneceram por aproximadamente 2 a 3 horas com Bruna Vitória, e por volta das 05:30H do dia 01/07/2010, foi nos comunicado o falecimento da Bruna Vitoria, para nós (eu, meu esposo, avós) foi o fim, pois lutamos com todas as nossas forças, na medida do possível e de acordo com as nossas condições não medimos esforços em dar o de melhor sob todos os aspectos e a partir daí, sentimos um enorme vazio foi uma perda irreparável, onde até o dia de hoje sentimos sua falta e, após 2 meses do seu falecimento eu e meu esposo, após ter passado por tudo isso, nos sentimos na obrigação de investir na INACRE e ajudar cada vez mais, onde pesquisamos alguns imóveis no intuito de comprar para construir um Centro de Reabilitação, (pois nessas idas e vindas nos tratamentos com minha filha, pude verificar as dificuldades que os pais tinham nos tratamentos dos filhos) e após muitas pesquisas, conseguimos um imóvel, porém não tínhamos os recursos financeiros, pedimos um tempo ao exproprietários, onde meu esposo tinha uma pequena economia no banco, nos desfizemos de alguns bens que tínhamos, mesmo assim ainda não era possível chegar ao valor (só poderia ser pago à vista) como meu esposo é funcionário público, teve uma certa facilidade de obter um empréstimo para pagar em 5 anos (ainda estamos pagando), juntamos tudo e pagamos ao proprietário, onde hoje é a sede da INACRE, já realizamos muitas obras, porém ainda falta muita coisa para o Centro de Reabilitação funcionar, pois vivemos apenas de doações.